Ao menos aqueles dias que tanto amávamos.
Aqueles que fizemos
Para os chorosos eu digo-lhes: não chorem pelo passado perdido, pois o tempo passa inerente a nosso sofrer. Não o mascarem com face de mal, o tempo não nos faz chorar, somos nós que choramos pelo tempo.
O passado senhores acabou, e o que quando ele era presente foi feito não será mais feito daquele ponto, no entanto (no próprio já feito passado) tudo o que virou lembrança permanece lá atrás num pontinho na linha que representa-nos o tempo (atrás do ponto de nosso presente); imóvel e intacto, parado no passado por todo o futuro – enquanto ainda existir o tempo – estão aqueles sorrisos, as fotos quando foram tiradas, aqueles choros, aquelas palavras e os atos e fatos, para serem sempre vistos, revistos para quem o vieu e o guardou na mente.
De fato nunca refeitos, e nunca mais feito algo parecido, mas isso já não é de nosso controle, não devemos querer dominar o tempo em si, pois assim vamos ser derrotados, não conseguiremos, e aliás, nem sequer devemos ser durões para aguentar o fato de ele passar e o sofrimento que isso acarreta, pois ai o sofrimento ainda existe e basta ocilar, vacilar o humor para não aguentar mais segurar as lágrimas. O que devemos caro leitor é simplesmente aceitar e aprender com isso (com a própria perca do tempo), ver tudo de forma diferente, aprender a sentir que o tempo passa e fica-nos o que é abstraido, o que foi aprendido durante ele, para usarmos no presente que fazemos agora, e claro devemos saber que temos sempre tempo pela frente; não haverá assim sofrimento para ter de fingir não o ter, ou não querer chorar, haverá apenas sabedoria a ser adquirida fazendo com que da próxima vez que algo nos seja tirado não soframos, aceitemos mais uma vez e continuemos a aprender.
Um pouco a mais que palavras pseudopoéticas, esse texto é simples fato a quem acha o ser.
Eu acho
ResponderExcluirEstou curtindo a sua, digamos, 'inquietação diante das coisas do mundo'. Finalmente uma cabeça que pensa - ou tenta pensar - e tenta levar os outros a pensar também. Um abç!!
ResponderExcluir