De Anchieta:
Por vezes sem sentido, por vezes um desalento a vida nos persegue inerente a qualquer sofrer e continua a simplesmente nos manter vivos aqui(nos manter a cada instante cúbico de tempo ligado ao seguinte por um tensor continuo aplicado ao espaço o provocando uma evolução ininterrupta), vendo e pensando isso.
Cogito ergo Sun, de fato, mas se o galo de Gullar ainda estivesse em vida... Ele não esta não faz sentido questionar o impossível.
Senhoras e senhores! No palco que se abre adiante, o palhaço chora, e a vida é triste, tristeza formada da prosopopéia das palavras [aqui: dar sentido ao que é só sentença]
Senhoras e senhoras a vida não é triste nem é alegre, a vida é só vida, é so viver; qualquer coisa além disso é criação.
E por ser criação, o sentimento nada vale?
Vale, foi criado, então não deixa de ser real não é?!
Isso! Perfeito!... Imperfeito?
Dentro de cada cubo mágico do tempo ao ele ser percebido (e ao pensar isso) é inegável a existência também de um cubo mágico da vida... Porque pandora? Maldita! Você foi deixar escapar o que de melhor nela havia. Tenho vontade de gritar com a filha de uma meretriz, de uma vagabunda, de uma puta, uma singela puta a qual condeno com base em meus falsos princípios.
[Leitor, caro leitor quem acha que sou louco, não sou tão louco, ou ao menos não sou tão insosso quanto quem, sem gostar, ainda lê, pois pelo menos para quem vê a mentira parábola sentimentalista nos atos e nos fatos, as proferidas palavras são cheiráveis e degustáveis.]
Então em algum lugar da terra nesta linear narrativa confusa...
Uma rosa vai se abrindo e nela mil verdades intrínsecas (somente a posteriori) vão surgindo:
“Há! aquela rosa, de amor, de pudor, de querer, a rosa do espinho, a rosa da beleza”, tudo só eu vejo, e dos meus olhos para fora, escorrendo entre as orbitas nada disso é verdade, nada disso é intrínseco, nada disso é priori.
A velha e boa prosopopéia da mente. ela se aplica a si mesmo, ou vai dizer que nunca chorou?!
Aliás, Como é bom o vento no rosto depois de um dia de choro causado só e somente pelo criado pela mente.
Como foi bela aquela rosa quando era verdade enfeitada em minhas mãos, paradas naquele cubo de tempo
Como é bela a pedra sincera caída e sentada ao chão (...Ou será que está em pé?)
Dou-me a liberdade de, muito além de criar um plano de papel com palavras escritas onde a maioria que lê interage só com a imaginação, poder fazer uma pergunta e inferir-lhe como algo que sai dessas palavras para na sua cognição ser escrito o resto; resto esse é a reposta que só você se ouvira:
De que adianta poetizarmos toda está metafísica, esta psicologia, e porque não neurologia também, ou física, sem ao fim chegar em um resultado? Toda sentença que expressa ao sentimento é falsa quanto à natureza, e verdade quanto a mente! E a partir daí...
Esta pergunta foi feita ao meu José, e daí ele se pergunta “e agora?” e ele mesmo responde:
“E agora nada José agora você só sabe disso tudo... e só.”
.Farfalhos e borbulhas.
Após enjoadamente tanto falar dessa prosopopéia eu adquiro por ela intenso amor, afinal se não vistas palavras prováveis e degustáveis aqui, qual a graça de escrever a vida.
De que acha que vem o alimento da poesia?
Do que acha que é a poesia?
O que acha que é a poesia?
Afinal embora retroativa as perguntas acima, escrevi-a por convencionalismo estético como a de ser o manto posto sobre os fatos e os atos infelizes e felizes de nossa vida.
.Farfalhas e borbulhas.
Gostei muito, muito mesmo. Grande liberdade descritiva.
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